Jerez de los Caballeros, Venha e descubra
Podemos seguir os vestígios históricos do município de Jerez de los Caballeros até à Pré-história. Tão importante é o património que temos e que nos dá a possibilidade de desfrutar e de estudar inúmeros sítios. O turismo arqueológico poderá significar uma oportunidade de divulgação da entidade de todos estes vestígios, contribuindo assim para preservar e valorizar o seu valor. Como mencionámos anteriormente, a linha cronológica do Jerez transportar-nos-á desde os primórdios da civilização até ao auge da era romana e oferecer-nos-á uma infinidade de sítios de interesse para mergulhar num passado tão rico.
– Dólmen de Toriñuelo
O Dólmen da quinta do Toriñuelo, declarado Monumento Nacional em 1931 e BIC em 2018, faz parte do conjunto de tumbas com câmara circular, coberta por uma falsa cúpula e um corredor em dintel. Este tipo de dólmen (Tholos) atingiu o seu desenvolvimento máximo durante o Calcolítico Pleno (6000 a.C. – 3000 a.C.).
A câmara tem uma certa tendência oval, sendo delimitada por treze ortóstatos (blocos ou lajes de pedra que, fiadas, formam um muro). Neste sector centrar-se-á a decoração do túmulo, onde aparecem petróglifos com motivos serpentinos, circulares e radiais, amplamente documentados na Arte Megalítica. O túmulo tem um corredor de acesso de 25 metros (um dos mais compridos datados da Península). A estrutura do túmulo é completada por uma colina artificial, erguida por camadas sobrepostas de argila e pedra altamente compactadas.
– Tumbas antropomórficas de La Bazana
Junto à ponte romana de La Bazana existem dois túmulos antropomórficos escavados na rocha. Este tipo de túmulos têm uma planta com forma humana para depositar os defuntos. É um tipo de sepultamento utilizado por diversas culturas, incluindo as comunidades cristãs da época medieval. É possível que sejam túmulos visigodos.
– Vila Romana “El Pomar”
Erguida sobre uma lomba próxima e suave nos arredores da Jerez romana (Seria Fama Iulia) encontra-se esta construção romana pertencente aos séculos III e IV d.C., com reformas posteriores durante os séculos V e VI. Um pátio central de dimensões monumentais articulava as diferentes dependências localizadas ao seu redor. A construção é em alvenaria e silhares, embora no interior se destaquem os mosaicos. O mais importante de todos está na sala principal.
Dedicada à exploração agrícola e pecuária, graças à sua decoração e dimensões podemos determinar que pertencia a uma família abastada (provavelmente um patrício romano que aqui residia com a sua família e os seus criados). Esta construção ajuda-nos a compreender e a contextualizar como era o povoamento romano nesta zona da Extremadura durante as etapas tardias do Império Romano.
– Ponte Romana «El Pontón»
A cerca de 8 ou 9 km de Jerez de los Caballeros, seguindo a EX-112 em direção a Zafra, encontramos a ponte romana “El Pontón” pouco antes de chegar a Brovales. É uma ponte romana do século II d.C. que está localizada perto da cidade de Brovales num afluente do rio Ardila. Trata-se de uma pequena ponte, de arco único, em alvenaria de silhar unida por argamassa. A via da ponte é feita em duplo plano. A estrutura da ponte levanta-se sobre as rochas graníticas da região.
– Ponte romana La Bazana ou «Ponte Velha»
Saindo de La Bazana em direção à Casa Rural La Zafrilla, encontramos a ponte romana de La Bazana ou «Ponte Velha». Esta ponte de origem romana, reformada durante a Idade Média, situa-se sobre o rio Ardila, um dos afluentes do Guadiana. Feita com alvenaria e silhares, a sua estrutura é composta por nove arcos e estribos podem ser vistos em ambos os lados. Nos pilares existem talha-mares em forma de prisma triangular que cumprem duas funções ao suportar a pressão da ponte e canalizar a água.
– Calçada romana
Continuando o percurso da rua Cruz Blanca e chegando às imediações da serra vulgarmente conhecida como «El Alto del Empedrao» encontramos este troço de estrada romana. Tem cerca de 15 m de comprimento formado por pedregulhos. A informação e a datação que temos dela é difusa, embora as suas relações com vilas romanas como Nertóbriga (Fregenal de la Sierra) ou Emerita Augusta (Mérida) pudessem ser verificadas pelo seu traçado e pelas pontes romanas que se encontram a norte e a oeste, como a sul da cidade, anteriormente mencionados.